Opala

SIMPLICIDADE

A luz trêmula anuncia
Uma noite calma e sem pesar.
Mas estes versos apenas saem,
Por um sincero desejo de agradar.

Um agrado merecido, sim,
A quem na minha vida se faz notar
Por razões alheias á mente,
Mas sempre presentes em cada olhar.

Até a suave melodia que percorre
O aposento, insiste em realçar,
A leveza do momento presente
Com uma beleza semelhante ao luar.

Os espelhos da alma pesam,
E a fantasia começa a reinar.
E agora sim, eu quero tudo.
Tudo aquilo que o ego me quiser dar.

Sem lamentos, choros ou risos,
Melancolicamente as pálpebras a cerrar,
Demonstram a simplicidade da alma
De quem a pena está a usar.

E sem mais demoras se encerra
Uma página leve, sincera e sem sarar
As aberturas profundas do passado,
Que só o amigo Tempo poderá curar.