Opala
ÁS VEZES...
Ás vezes meu pensamento
foge,
Como se medo tivesse.
Não sei de quê, nem porquê.
Talvez tenha receio de si mesmo
Perdido nas loucuras da alma.
Ás vezes meu coração
anseia,
Como se sentisse que algo virá.
Não sei o quê, nem quem.
Talvez seja ansioso por um amor
Perdido no deserto da cidade.
Ás vezes minhas mãos
pedem,
Como se pobres fossem.
Não sei o quê, ou o que querem.
Talvez peçam o toque de outrém
Perdido na busca de segurança.
Ás vezes minha boca
suspira,
Como se ar lhe faltasse.
Não sei pelo quê, ou por quem.
Talvez precise de um beijo
Perdido numa noite de luar.
Ás vezes meu corpo
sucumbe,
Como se a força lhe fugisse.
Não sei a quê, nem porquê.
Talvez precise de ti, meu amor,
Perdido numa qualquer estrela...
Todas as vezes eu choro por
ti,
Tal como uma criança sem mãe.
Porque tu és meu refúgio.
E preciso do teu abraço, da paz,
Que encontro no teu olhar... |